Alguns pontos em relação aos materiais pedem mais cuidados na escolha, outros na instalação e manutenção. Abaixo algumas informações que poderão lhe ajudar na escolha dos materiais, aprenda a identificar o tipo de produto que irá melhor na sua cozinha.
Pisos: saiba o que é PEI e conheça os tipos de argamassa
Quem não gosta de se reunir na cozinha? Para isso, eleja um piso que resista ao trânsito de pessoas. Entre as opções mais comuns, cerâmicas e porcelanatos esmaltados pedem atenção extra na escolha: se usados no chão desse ambiente, devem ter PEI 4. “Trata-se da classe de abrasão superfcial, presente na embalagem do produto. Ela garante a resistência ao tráfego”. Esses materiais não guardam tantos segredos no assentamento. Mas, se sua escolha recair nas placas cimentícias, saiba que a boa aderência depende da aplicação correta da argamassa (que precisa ser do tipo AC II ou AC III): recomenda-se passá-la tanto no contrapiso quanto no verso da peça, formando cordões cruzados. Já a impermeabilização evita manchas e absorção de água. “Para a limpeza, indica-se pano úmido e cera líquida uma vez por semana”. A manutenção também é o ponto importante quando se trata de ladrilhos hidráulicos, que podem ser impermeabilizados com resina e limpos com sabão neutro e água. Para finalizar, cera líquida incolor.
Bancadas: atenção para os riscos e a higiene
Usadas na preparação de alimentos, devem ser fáceis de higienizar, resistentes e duráveis. Daí o sucesso dos compostos de resina acrílica e minerais naturais. “Se optar por algum deles, escolha os tons claros, que disfarçam possíveis riscos, e lance mão de proteções de inox para evitar danos causados pelo contato com panelas quentes”. “Esses revestimentos, assim como o aço inox, formam uma superfície contínua que abrange o tampo, a cuba e o frontão, dispensando rejuntes”. O resultado: eles não correm o risco de sofrer infiltrações. Numa cozinha gourmet na área externa (situação cada vez mais requisitada aos arquitetos), cuidado na escolha: produtos à base de quartzo podem sofrer alteração de cor sob a ação de raios ultravioleta. Por outro lado, na manutenção, toleram produtos químicos e abrasivos. Quem preferir bancadas de aço inox deve ficar longe da palha de aço.
Paredes: quando usar pastilhas
Superfícies engorduradas são possíveis até nas cozinhas mais equipadas, mas o revestimento certo pode evitar a impregnação. “Entre os cerâmicos, os lisos ou com pequenos relevos e os esmaltados sem granilha são os mais indicados”. Outro material bem-vindo em paredes de cozinhas são as pastilhas de aço inox. Essas pecinhas requerem instalação e manutenção cuidadosas: argamassa do tipo AC III e rejunte à base de resinas acrílicas ou epóxi. “Para rejuntar, use uma espátula plástica e, depois de 20 minutos, retire o filme adesivo das peças”. Ácidos, abrasivos e produtos oleosos devem ficar longe delas. Outra boa escolha: a massa de cimento sobre alvenaria (ou qualquer superfície regularizada com massa corrida). “É importante impermeabilizá-la depois da aplicação para que não absorva água ou gordura”. Quanto à limpeza, sabão neutro e água são suficientes (isso vale também para as pastilhas de vidro). “Já nos modelos esmaltados, evite usar produtos ácidos”.
Metais: O maravilhoso mundo das duchas retráveis
Ducha retrátil, extensor, bica móvel, arejador… Cada dia mais sofisticadas, as torneiras embelezam e facilitam o dia a dia. Antes de comprar, verifique se os fornecedores seguem as normas da ABNT. Outra dica: “Só escolha torneiras para água quente se a tubulação for compatível. Esses modelos têm mecanismos mais robustos e, portanto, são mais caros”. Na instalação, a peça deve ficar firme na bancada ou na parede e não pode apresentar folgas nas conexões de entrada. Para testar, confira a fixação, veja se o acionamento é macio e se não pinga. A manutenção dos modelos com cartucho cerâmico requer a troca dessa peça a cada cinco anos. Torneiras cromadas devem ficar longe de produtos abrasivos: pano úmido é ideal para a limpeza. “Arejadores podem obstruir a saída da água ou alterar a uniformidade do jato caso não sejam limpos entre 60 e 90 dias”.